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9 de fevereiro de 2023 por Luze Azevedo

Uma Viagem de Escuta e Acolhimento

Uma Viagem de Escuta e Acolhimento
9 de fevereiro de 2023 por Luze Azevedo

Uma Viagem de Escuta e Acolhimento

Um domingo ensolarado, uma ligação da seguradora e duas mulheres jovens à espera de um transporte na Rodovia Fernão Dias. O que parecia ser mais uma corrida rotineira se transformou em uma jornada de escuta, empatia e conexão humana. Enquanto o destino final era o Hotel Refúgio Vista Serrana, o verdadeiro abrigo foi encontrado dentro do carro, onde histórias foram compartilhadas, silêncios foram respeitados e vidas se cruzaram de forma inesperada. Esta é a crônica de uma viagem que não terminou no ponto final, mas deixou marcas profundas em quem esteve ao volante e em quem foi transportado.

Foto:  Logo da Desembréia de Deus.
by Luze Azevedo

Corridas que vão além do trajeto ~ momentos de reflexão. Independente da fé, seguimos no mesmo caminho, buscando algo maior.

São fragmentos de vidas que cruzam a cidade, histórias que entram e saem junto com seus passageiros ~ reflexos de uma jornada que também é sua. Um homem que transformou a dor em fé, a culpa em redenção, a solidão em encontro. Para ele, cada rua é um recomeço, e cada passageiro, um espelho onde se aprende e se ensina.

A ligação da seguradora chegou por volta do meio-dia, interrompendo a calmaria de um domingo ensolarado. Duas clientes aguardavam transporte na Rodovia Fernão Dias, km 63, em Mairiporã. O destino? O Hotel Refúgio Vista Serrana. Um trajeto aparentemente simples, sem grandes mistérios ~ ou pelo menos foi o que pensei naquele momento.

A estrada estava tranquila, o céu azul e o sol brilhante. Tudo parecia indicar que seria mais um dia comum na vida de um motorista de aplicativo. Mas, ao chegar ao local combinado, percebi que as passageiras não eram clientes habituais. Eram duas mulheres jovens. Pequenas, frágeis e, ao mesmo tempo, cheias de uma energia que misturava alegria e desespero.

Poderia ter sido apenas mais uma corrida, mais um serviço rotineiro. No entanto, naquele instante, ficou claro que elas precisavam de algo muito além de um simples transporte. Precisavam de acolhimento, de um porto seguro, de alguém que as escutasse. Na solidão da rodovia, não era a carona que as salvaria, mas a certeza de que havia alguém disposto a se importar com elas.

Decidi ouvir. Deixei que falassem, que desabafassem. Às vezes, o maior alívio não está nas respostas que damos, mas na simples disposição de escutar. E foi isso que fiz. Enquanto dirigia, prestei atenção em cada palavra, em cada pausa, em cada suspiro. Era como se, naquele momento, o carro se transformasse em um espaço de conforto, onde elas podiam se sentir seguras.

Chegamos ao hotel. O destino foi cumprido, como em qualquer outra corrida. Mas algumas viagens não terminam no ponto final. Algumas se medem pela empatia, pelo silêncio compartilhado, pela sensação de que, por um instante, alguém encontrou abrigo em nós. E aquela foi uma dessas viagens.

No dia seguinte, o telefone tocou novamente. O carro delas ainda não havia ficado pronto, e elas precisavam de um novo transporte ~ desta vez, até Pouso Alegre, uma cidade localizada a cerca de 380 km de distância. Expliquei que seria uma viagem longa e que o valor do serviço seria alto. A resposta veio sem hesitação: “Não se preocupe com isso, nossos pais concordaram em pagar. Eles ficarão mais tranquilos se for você a nos levar.”

Não posso revelar valores, mas foi um serviço compensador financeiramente. Além de cobrir duas parcelas do financiamento do meu carro, me deu mais liberdade para escolher corridas mais tranquilas e, finalmente, dedicar meus domingos ao descanso. Mas, mais do que isso, aquela viagem me lembrou do poder das conexões humanas, da importância de estar presente e de como, às vezes, o simples ato de ouvir pode fazer toda a diferença.

A estrada para Pouso Alegre foi longa, mas repleta de histórias. As meninas, mais calmas do que no dia anterior, compartilharam sonhos, medos e esperanças. E eu, mais uma vez, me vi no papel de ouvinte, de alguém que, mesmo sem querer, acabou se tornando parte da jornada delas.

Ao final da viagem, quando as deixei no destino combinado, senti uma mistura de alívio e gratidão. Alívio por tê-las levado em segurança, e gratidão por ter tido a oportunidade de fazer parte daqueles momentos. Algumas viagens ficam marcadas não pela distância percorrida, mas pelas histórias que carregam e pelas pessoas que cruzamos no caminho.

E assim, seguimos. Cada corrida, um novo encontro. Cada passageiro, uma nova história. E eu, Frei e-Uber, sigo ao volante, capturando narrativas e compartilhando fragmentos de humanidade, sempre com a certeza de que, na próxima esquina, uma nova história nos espera.

Luze

azevedo

um Santista, vivendo e aprendendo a jogar; nem sempre ganhando; nem sempre perdendo; mas, aprendendo a jogar!

 

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O Frei e‑Uber é mais que um motorista dentro da Desembréia de Deus com hábito religioso ~ ele é uma experiência religiosa sobre rodas: une o papel de “condutor de pessoas” ao de “condutor de alma”, gerando um leito único para quem o encontra. Igreja, agora, em movimento.

Por que o Frei e‑Uber faz sentido hoje?

  • A religião entra no asfalto: num mundo que exige mobilidade, essa “Igreja itinerante” alcança passageiros no espaço mais íntimo do dia a dia.

  • Espiritualidade inclusiva: não exige assentos marcados, apenas um deslocamento com propósito.

  • Empatia sobre rodas: ele conecta o tempo ~ e o motor ~ da fé com a rotina apressada, oferecendo pausa, palavra e presença atenta.

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    Pode parecer pouco: curtir, comentar, compartilhar. Mas pra quem planta palavras e sonha com diálogos, isso vale ouro. É assim que a colheita começa ~ com afeto em forma de clique.

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A cidade grande não recebeu o jovem sonhador com braços abertos. Sem dinheiro e sem conhecer ninguém, dormiu em rodoviárias e passou fome antes de encontrar um emprego lavando pratos em uma lanchonete. Subiu para chapeiro e depois subchefe, trabalhando exaustivamente, agarrando cada oportunidade, cada centavo. Mas a promessa de voltar para buscar sua família parecia sempre mais distante.