Rastro & Rabisco

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Grafite

Traços em Spray

Lambe-lambe

Rastro & Rabisco

São Paulo em Cores e Rabiscos

A Cidade é uma galeria sem teto, sem ingresso e sem hora para fechar.

Rastro & Rabisco

São Paulo fala pelos muros, pelas pontes, pelos viadutos. Em cada traço de spray ou lambida de lambe-lambe, há um grito, um poema, um protesto ou um sonho. No “Rastro & Rabisco”, Frei e-uBer percorre os caminhos onde a cidade se reinventa em cores, revelando os artistas que transformam o cinza em tela e resgatando a história por trás de cada arte espalhada pelos bairros. Quem risca, quem inspira, quem colore São Paulo? O Frei descobre e conta aqui.

Sabe aquela amiga cheia de novidades, que nunca se cala? A cidade de São Paulo é assim! Mas, diferente das outras, ela não fala com a boca ~ se expressa pelos muros, pontes e viadutos. É tagarela de spray e tinta, poeta de lambe-lambe, ativista de stencil. E tem sempre algo a dizer. Protestos, sonhos, gritos ou piadas, a cidade não guarda nada para si ~ solta tudo em traços e cores.

Foi essa verborragia urbana que capturou o olhar do Frei e-uBer, um sujeito que trocou o silêncio dos claustros pelo barulho das ruas. Munido de um caderninho [e de uma curiosidade quase obsessiva], ele criou aqui na Desembréia a coluna Rastro & Rabisco, um projeto que o levou a explorar cada canto onde a arte decidiu se manifestar. E, se tem uma coisa que ele descobriu, é que São Paulo é uma galeria sem teto, sem ingresso e sem hora para fechar.

A Cidade que se Escreve em Spray

A jornada começou no centro, onde os prédios antigos são camadas de história ~ ou, como brinca o Frei, “tipo uma cebola, quanto mais você descasca, mais passado encontra”. Foi lá que ele conheceu o ZéMalaSombro, um artista que começou a pintar muros porque achava a cidade muito cinza. “Cinza tem cara de fila de banco”, disse Zé, enquanto aplicava um azul vibrante em um paredão antes esquecido. “A gente precisa de cor pra lembrar que a vida não é só pagar boleto.”

Dali, Frei e-uBer seguiu para as pontes, onde os grafites desafiam a gravidade e os artistas equilibram latas de tinta e sonhos. Foi lá que encontrou mim_p.i, criadora de murais gigantes de mulheres que olham a cidade com uma imponência quase divina. “É pra lembrar que a cidade também é delas”, explicou, ajeitando o capacete enquanto seu rolo de tinta deslizava pelo concreto. Frei anotou: “Iasmim pisa no chão, mas seus traços voam”.

Entre Guerras de Tinta e Amor Persistente

Mas a arte de rua não é só cor ~ é batalha. Uma guerra silenciosa entre os que pintam, os que apagam e os que insistem em pintar de novo. “É um ciclo sem fim, tipo DR de casal”, resumiu Tico, um mestre dos lambe-lambes de protesto. “A gente cola, o tempo leva, a gente cola de novo. Igual ao amor: insiste até dar certo.”

Seguindo os rastros da cidade, Frei e-uBer viu de tudo. No Jardins, um coletivo que colore árvores urbanas com tons psicodélicos. Na periferia, muros que contam histórias de resistência. Nos becos escondidos, rabiscos que gritam o que não se diz em voz alta. Cada pedaço da cidade pulsa uma mensagem, um grito, uma provocação. E, no meio do caos, Frei percebeu: a arte de rua não é só estética, é manifesto.

São Paulo, a Cidade que se Reinventa

No fim do dia, Frei e-uBer sentou na Praça Roosevelt, caderno no colo, observando os muros falarem. A cidade, como sempre, estava em mutação. “São Paulo nunca dorme porque está sempre se refazendo”, pensou. “E os artistas de rua são os arquitetos dessa reinvenção.”

Com os olhos cheios de cor e as páginas cheias de histórias, ele seguiu seu caminho. Porque, enquanto São Paulo continuar falando, ele continuará ouvindo ~ e contando. Afinal, São Paulo nunca para.

E, felizmente, nem eu.

Até a próxima corrida!

Quando São Paulo Fala em Cores
LuzeAzvdo-Frei_e-uBer
Em cada corrida uma Estória. Em cada Estória: Fé que trasnsforma!
Frei e-Uber | Desembréia de Deus

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