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“Amanhecendo“, composição do paraense Billy Blanco, embala São Paulo desde a década de 1970. É trilha de jornal matinal no rádio e se tornou o hino não oficial das manhãs paulistanas, ecoando entre prédios e avenidas antes mesmo do sol tomar seu posto definitivo no céu. Frei e-uBer a escuta todos os dias enquanto risca o asfalto, deixando que seus versos guiem o olhar para além do trânsito e da pressa.
O farol ainda amarela a neblina, os primeiros passos ressoam na calçada, ‘Portas de aço levantam!…’ os motores despertam a cidade. Mas ele sabe: São Paulo não é só ruído e urgência. Entre as brechas do concreto, há respiros, encontros e histórias esperando para serem descobertas. E, para quem sabe ver, a cidade também amanhece sorrindo. Entre a pressa e o trânsito, há uma cidade que sorri ~ basta saber por onde olhar.
É nos muros grafitados que contam estórias sem legenda, nos becos que viram galeria a céu aberto, no artista de rua que desafia o silêncio da metrópole com seu violão. “Rastro & Rabisco“ será o mapa desses rastros coloridos, da arte que escapa do museu e se espalha pela cidade.
Frei também vê São Paulo pelo retrovisor, mas prefere enxergá-la pelas lentes dos que a fotografam. Uma capital de mil ângulos, onde a luz brinca nos prédios e um reflexo qualquer vira poesia. Em “Cidade Revelada“, ele trará os olhares que imortalizam o cotidiano, o instante certo, a cena que passaria despercebida se não houvesse uma câmera atenta.
Entre um passageiro e outro, ele cruza com pequenos refúgios verdes. Um parque discreto entre avenidas, uma horta comunitária crescendo contra o concreto, um quintal compartilhado que insiste em florescer. Em “Verde que te quero viva“, Frei mostra que a cidade pode ser menos cinza ~ e que há quem acredite nisso e faça acontecer.
Mas a vida urbana também tem gosto. Tem o pastel de feira e o caldo de cana que combinam com o fim das baladas nas manhãs de domingo. Tem o PF do centro do pé pra fora, a comida de rua feita com afeto, o tempero herdado de gerações do pão com mortadela. No “De Boca Cheia“, Frei experimenta a cidade pelo paladar, guiado pelo cheiro bom que escapa das cozinhas.
E por falar em feira, é ali que São Paulo mostra sua alma. Bancas repletas de cores, feirantes que vendem mercadoria e prosa, ditados antigos que nunca saem de moda. “Feira Livre, Feira Viva“ vai desbravar esse teatro popular onde o freguês é rei e a conversa é sempre temperada com humor.
…Portas de aço levantam!
Todos parecem correr!
Não correm de, correm para
Para São Paulo crescer!Vam bora, vam bora
Olha a hora
Vam bora…Billy Blanco
Mas se há um idioma que toda cidade entende, é a música. Frei cruza bairros e ouve a cidade cantar: um sax solitário na Consolação, um samba que toma a Roosevelt, um forró improvisado no Largo do Arouche. “Solta o Som, SP!“ vai mapear essa trilha sonora espontânea, os músicos que fazem da rua seu palco e do público um espectador sem ingresso.
E se tem palco, tem espetáculo. Nos pequenos teatros, nas ocupações culturais, nas sessões de cinema ao ar livre, a arte cênica resiste e convida. “Acontece!“ será um espaço para contar sobre o teatro vivo da cidade – das peças encenadas sob holofotes às apresentações feitas à luz do poste.
Por fim, Frei segue atento às placas, às esquinas nomeadas em homenagem a gente que moldou São Paulo, às ruas que guardam mais do que endereços – guardam histórias. Em “Você Sabia?“, ele desvendará os personagens por trás dos nomes, dando crédito a quem ajudou a erguer essa cidade imensa.
Porque São Paulo não é só pressa. É também o instante em que tudo desacelera e nos permite sentir. E Frei, com mãos firmes no volante e olhos atentos ao redor, convida você a embarcar nessa viagem.
O destino? Aquilo que a cidade tem de mais bonito: o inesperado.