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é Primavera em pleno Verão

O amor é o rio que dissolve o eu para encontrar o nós

Pelas ruas de São Paulo, como motorista de aplicativo aqui na “Desembréia de Deus“, o assunto que domina as conversas é o calor.

Entre um passageiro e outro que eu conduzo, todos questionam o culpado. E, de fato, está quente ~ quente demais. Mas eu amo o calor. Ainda que tema sua resposta a esse amor, eu o amo.

Ele me seduz com sua luz vibrante, sua promessa de transformação. Mas, ao me aproximar, hesito: e se esse amor me consumir? E se, ao me entregar ao fogo, eu me tornar cinzas? Então, penso no Frio ~ sereno, seguro, distante e ao mesmo tempo com promessas de aconchego. Talvez ele seja o equilíbrio, o alívio para a febre do Calor, a pausa necessária entre um incêndio e outro. Mas será essa a resposta? Oscilar entre extremos, como se o amor fosse uma questão de escolha exata?

E se, ao invés de escolher, eu simplesmente deixasse ser?
Se permitisse que o Calor brilhasse sem me possuir e o Frio soprasse sem me aprisionar? Talvez, ao soltá-los, eu compreendesse que o amor não se mede em posse ou controle. Como disse Rumi, “o amor é o rio que dissolve o eu para encontrar o nós“. Se eu permitir que Calor e Frio coexistam sem correntes, talvez descubra que o amor verdadeiro não impõe cercas, mas abre caminhos.

E se a felicidade estiver justamente nessa liberdade?
O Profeta Gentileza, se vivo fosse, talvez dissesse que a vida não se trata de possuir, mas de fluir. Não de optar entre fogo e gelo, mas de habitar o intervalo onde a vida pulsa em sua dança impermanente. O Calor e o Frio não são adversários; são ciclos de um mesmo existir. E eu, ao libertá-los, percebo que a primavera sempre encontra seu tempo ~ e nela, minha própria liberdade para amar e ser amado, não como dono, mas como parte de um todo maior.

... "é só o amor, é só o amor. Que conhece o que é verdade."
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Em cada corrida uma Estória. Em cada Estória: Fé que transforma!
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Frei e-Uber

A cidade grande não recebeu o jovem sonhador com braços abertos. Sem dinheiro e sem conhecer ninguém, dormiu em rodoviárias e passou fome antes de encontrar um emprego lavando pratos em uma lanchonete. Subiu para chapeiro e depois subchefe, trabalhando exaustivamente, agarrando cada oportunidade, cada centavo. Mas a promessa de voltar para buscar sua família parecia sempre mais distante.