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O trânsito em São Paulo tem um talento especial para transformar qualquer um em filósofo. É incrível como a simples espera em um semáforo pode inspirar reflexões sobre a existência, o destino e se vale a pena discutir com um motoqueiro que bateu no retrovisor.
Um domingo ensolarado, uma ligação da seguradora e duas mulheres muito jovens à espera de um transporte na Rodovia Fernão Dias. O que parecia ser mais uma corrida rotineira se transformou em uma jornada de escuta, empatia e conexão humana.
Enquanto seguíamos pelo trânsito, ela soltou, quase sem querer: “Você acha que vale a pena ser motorista de aplicativo?”. A pergunta veio carregada de uma inquietação que eu conhecia bem.
Vivemos presos a correntes invisíveis—traumas, culpas, medos, julgamentos. A Desembréia de Deus nos lembra que o primeiro passo para a mudança é abrir a mente e o coração. Não somos nossos erros ou nossas dores, mas sim as escolhas que fazemos depois deles.
O passado pode ser um peso insustentável quando nos agarramos a ele. Perdoar não é apagar, mas libertar-se daquilo que nos impede de seguir. Desapegar do que já cumpriu seu papel é abrir espaço para o novo—para outras histórias, outros destinos, outras versões de nós mesmos.
A espiritualidade verdadeira não está em dogmas imutáveis, mas na coragem de se reencontrar. A Desembréia de Deus não impõe crenças, mas inspira propósitos. No banco de um carro ou na estrada da vida, sempre há rotas inexploradas e destinos inesperados à nossa espera.
Era sexta-feira, 17h. Enquanto todos seguiam para o happy hour, eu só pensava na minha apresentação da monografia às 18h30. O nervosismo tomava conta, mas eu sabia que aquele dia seria a alegria dos meus pais. No caminho, Frei e-uBer com sua calma e sabedoria, me deu o norte que eu precisava. Hoje, sou doutora em nutrição animal e, acima de tudo, fiel da Igreja da Desembréia de Deus ~ porque às vezes, basta destravar para seguir em frente.
A Desembréia de Deus não se ergue sobre altares, nem se fecha entre vitrais coloridos. Sua estrutura é móvel, feita de assentos de carro e diálogos improvisados, onde o julgamento não tem lugar—apenas a escuta genuína. É nesse espaço efêmero, entre uma corrida e outra, que Frei e-uBer cumpre sua verdadeira missão: ajudar passageiros a soltarem seus fardos, destravarem seus medos e enxergarem novos caminhos.
A Desembréia de Deus é um movimento de libertação e transformação, um chamado para destravar caminhos, romper barreiras e reencontrar o fluxo da vida. Inspirada na ideia de se soltar do que prende, essa jornada convida à coragem de seguir adiante, superar obstáculos e redescobrir possibilidades. É mais do que um conceito ~ é um despertar para a ação, um impulso para quem busca um novo sentido, uma nova rota ou uma nova chance.
Pessoas me perguntam onde me escondo.
Digo a elas que sou sol: apareço todos os dias e depois me guardo para o próximo.
Mas, na verdade, queria ser lua ~ surgir ao anoitecer, desaparecer ao amanhecer ~ amando a madrugada.
Em toda a ficção existe um pouco de verdade; na verdade, não pode haver ficção!
Tentei afogar minhas mágoas no álcool; as danadas aprenderam a nadar, fugiram!
As ideias nos encantam e inspiram, mas é por meio das atitudes que nos realizamos e tornamos sonhos realidade.